estarei só na insônia, mas meu hálito melhorará - eu lá quero hálito fresh! quero o filtro vermelho em riste, é a minha própria armada frente as obscenidades desse mundo.
mas tiram de mim, eles tiram. eles quem? ora, quem...!, o governo, certamente! não são eles que nos tiram os pequenos luxos a que ainda nos damos? não são eles que fazem a classe média avistar em seu próximo passo o abismo? sim, são eles. pouco me importa que eu esteja estupidamente necrosando um órgão vital na minha rotina, não consigo fazer das preocupações com a saúde futura um peso em minha consciência. acho que até deveria, mas não consigo. é o bolso o outro apêndice [e mais vital ainda] o que clama uma chance de sobrevivência.
outro cigarro. a despedida, a despedida...
o-filme-que-não-deve-ser-assistido-quando-se-leva-a-cabo-a-difícil-e-triste-decisão-de-abandonar-o-cigarrê: nicotina.
[exacto! eu também percebo que a nomenclatura que denonima o filme remete diretamente aos bastões brancos. todavia, la película producida en Ciudad de Mexico é um filme agradabilísimo de se assistir. com trama irreverente e atada com maestria e atores e notáveis. em suma, tudo bem feito. e um perfeito programa se tiveres acompanhado de umas boas duas carteiras.]
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dados sobre a empresa "pizza hut":
países de alcance: oitenta e oito.
número de restaurantes: mais de doze mil.
produção diária de pizzas: mais de 11,5 milhões.
outro dado que dá a noção das projeções da empresa: a Pizza Hut é a primeira corporação no mundo a colocar o seu logotipo na fuselagem do maior foguete de prótons já construído, lançado ao espaço no dia 12 de Julho. com esta decisão, a Pizza Hut abriu um novo capítulo na comercialização de projetos espaciais.
em uma dessas noites chuvosas e frias da ilha, toda acabada de gripe e com aquela fome típica de jovem sem anseio algum pra cozinhar, pedi uma pizza. das huts de promoção, com desconto. após ter de esperar mais de duas horas para o recebimento dela - da pizza-, e haver ligado mais de quatro vezes para reclamar o atraso, eis que a recebo: gelada e murcha, a rúcula clamava por hidratação e o tomate seco era uma das coisas mais antipáticas que eu já vi. minha indgnação só poderia ser aliviada com um bilhete esclarecedor de minhas iras ao responsável. afinal, mesmo que das pequenas, eu ainda sou uma consumidora, não é mesmo?
e o responsável recebeu mesmo o bilhete que jurávamos todos - ou seja eu, meu marido e talvez a pequena vira-latas Dinalva - ninguém exceto o motoboy de luvas veria. leu e ficou bravo. no sábado o telefone daqui de casa foi inundado de pedidos de desculpas. e sem o dipêndio de nenhum reles tostão não é que fui abonada de uma pizza grande, gostosa e entregue em vinte minutos?
...huh!
[ou: hut...!]
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e finalmente, meu sincero – ainda que inexpressivo, sincero e pesaroso – luto pelos gaúchos, paulistas e quem quer mais que houver sido lesado pelo acidente aéreo em Guarulhos. [que já está sendo considerado o maior desastre do tipo da América Latina.]
se instantes de silêncio e bandeiras arriadas não passam de meros símbolos tradicionais para a dor, poemas podem ser o estandarte a canalizar as lástimas: